Hoje tem sido frequente ouvirmos nos ambientes de trabalho da Receita Federal frases, com ares de decepção e surpresa, como: “mas a categoria não foi consultada”, “ninguém sabia disso”, “foi uma manobra diversionista da DEN”, “eu não concordo com isso” ou ainda “foi um absurdo”.
Essas frases ouvidas amiúde advêm de um punhado de Auditores Fiscais que, aparentemente, se indignaram com a atitude de seus representantes sindicais que deliberadamente não pouparam dinheiro e esforços para impetração da ADIn nº 4616, contra os Analistas-Tributários.
Do discurso a prática. Se vocês acham realmente um absurdo o que foi feito então se manifestem, busquem seus fóruns sindicais e demonstrem suas discordâncias pelas medidas que culminaram com essa agressão a pessoas que trabalham cotidianamente lado a lado com vocês. Externem essa discordância! Tornem público o absurdo cometido!
Mais uma vez socorremo-nos dos ensinamentos de um dos maiores opositores da opressão sofrida contra humanidade, Martin Luther King: “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”. Permanecer em silêncio ou se omitir é concordar tacitamente com esse ato fascista.
Ainda não é possível saber se essas vozes são maioria ou minoria dos filiados do sindicato que os representa, mas não será difícil descobrir, pois com a proximidade das eleições saberemos se a categoria dos Auditores-Fiscais reelegerá as pessoas que foram capazes de cometer um ato tão vil e covarde contra outra categoria de trabalhadores.
Outra lição de Martin L. King, desta feita é dirigida aos Analistas-Tributários que foram alvo de tamanha covardia: “A verdadeira medida de um homem não é como ele se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas como ele se mantém em tempos de controvérsia e desafio.” . Vamos sair de nossa zona de conforto na qual nos encontrávamos, vamos lutar pelo que acreditamos e esta luta se faz com união e mobilização! Estamos em tempo de desafio! Qual a sua verdadeira medida?!
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