Em 2011 a Equipe de Analistas que operam as lanchas Leão Marinho I e II completará 5 anos de atividades no Porto de Santos atingindo um resultado esplêndido nas atividades de prevenção e repressão de fraudes e ilícitos aduaneiros, participando diretamente em várias operações que resultaram na apreensão de navios, iates, veleiros , veículos paraguaios irregulares , tendo participação preponderante na maior apreensão de drogas no Porto de Santos em 2010 (1.723 kgs de Cocaína ) , chegando neste ano ao montante estimado de R$ 100.000.000,00 (Cem Milhões de reais) em apreensões !!!!!
A Alfândega do Porto de Santos dispõe de duas lanchas operadas por Analistas Tributários com as seguintes características : 48 pés de comprimento (14,72m), largura de 4,26m e calado total de 1,30m. Elas são dotadas de dois motores diesel Scania de 626 HP cada, podendo atingir velocidade máxima de 32 nós (cerca de 60 Km/h). Cada lancha pesa aproximadamente 18 toneladas, tem autonomia de 300 milhas náuticas (550 Km), acomoda seis servidores para pernoite, é blindada (resiste a impactos de projéteis de fuzil calibre 7,62mm) e está equipada com sistema de navegação digital (Radar, GPS e Ecobatímetro), piloto automático, rádios VHF e SSB, receptor de AIS (espécie de transponder marítimo), além de uma câmera estabilizada SeaFLIR II com visão diurna e noturna (amplificação de luz) com zoom de até 40 vezes, visão termal (infra-vermelho) com zoom de até 32 vezes, rastreamento automático de alvos e dispositivo para gravação das imagens.
Nesses anos também ocorreram dificuldades, como as negociações com o fabricante das lanchas para a obtenção de consertos ou troca de peças que estavam na garantia, na difícil e custosa manutenção das embarcações, na busca e preservação de uma equipe fixa de analistas que nem sempre podiam se dedicar em período integral e que em inúmeras vezes foram desviados para serviços burocráticos. O que culminou, após muita luta dos servidores envolvidos , com a edição da Portaria RFB nº 2.364, de 14 de dezembro de 2010, que regulamentou a atividade impondo a manutenção de uma equipe mínima de tripulantes e na elaboração do Plano Local de Operações Náuticas , com a introdução de metas anuais.
Segundo nosso Comandante Luis Henrique estas são as características procuradas nos analistas que desejem se aventurar neste trabalho : “ nem sempre esse trabalho tem tanto “glamour”. Normalmente ele é bastante extenuante, com um componente físico acentuado, incluindo o enfrentamento eventual de condições adversas de mar. Apesar de não precisarmos de um “marine”, algumas características são mandatórias, tais como agilidade e equilíbrio para embarcar e desembarcar entre dois meios flutuantes, alguma força física para lidar com os cabos de amarração e defensas (somos todos marinheiros), alguma resistência ao enjôo e aquilo que chamo de “aquacidade”, ou seja, um bom relacionamento com a água. Ninguém precisa ser exímio nadador, mas deve ser capaz de sobreviver e se deslocar no mar. O mínimo exigido pela Marinha é a capacidade de flutuar 15 minutos (sem qualquer dispositivo de ajuda) e nadar 25 metros (teste feito no mar). A habilidade em colocar máscara e nadadeira e cortar cabos ou redes enroscados nos hélices também será apreciada”, e também o Curso de Arrais e Mestre Amador , é claro !!!!
Assim, esta postagem é uma singela homenagem a esta tripulação – Luis Henrique, Tioyama, Zé Carlos, Renato, Ferrari, Marini, André, Tom e outros - que durante estes anos se dedicaram ao duro, perigoso e ao mesmo tempo técnico e minucioso trabalho de fiscalização aduaneira nas águas do Porto de Santos; sem esquecer da atuação da Chefia da DIVIG neste período, que deu todo respaldo necessário para que este projeto vingasse e não ficasse estagnado como em outras regiões fiscais.
“Existem homens que lutam um dia e são bons; existem outros que lutam um ano e são melhores; existem aqueles que lutam muitos anos e são muito bons. Porém, existem os que lutam toda a vida. Estes são os imprescindíveis.” – Bertolt Brechet
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