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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Jordy pede planos de voo de avião de empreiteira que teria transportado Gleisi e Bernardo


O Partido Popular Socialista protocolou ontem (25), na Câmara dos Deputados, requerimento em que pede detalhes dos planos de voo e a lista de passageiros que viajaram na aeronave de prefixo PR-AJT (turboélice King Air), de propriedade da empresa Sanches Tripoloni, no período de 1º janeiro de 2010 a 31 de julho de 2010.

O documento, assinado pelo vice-líder da Minoria na Câmara, Arnaldo Jordy (PPS-PA), é endereçado ao ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, Wagner Bittencourt de Oliveira.

Segundo notícias divulgadas pela imprensa, o avião teria sido usado pela campanha da então candidata ao Senado pelo estado do Parána, Gleisi Hoffman, em 2010. Atualmente, Hoffman é ministra chefe da Casa Civil. O marido dela, à época, era ministro do Planejamento e também teria utilizado a mesma aeronave. O Código de Ética do Servidor Público proíbe ministros de voarem em aviões de empresas que tem negócios com o governo.
Dona do King Air, a empreiteira Sanches foi beneficiada em negócios realizados com o governo federal. No ano passado, a Sanches recebeu R$ 267 milhões da União. Nesse mesmo ano, a empresa doou R$ 510 mil para a campanha de Gleisi ao Senado.

O autor do requerimento pede a Secretaria Nacional de Aviação Civil os trajetos realizados pela aeronave (origem e destino), a data, o horário e o local de decolagem e pouso.

“Como o ministro Paulo Bernardo, em visita recente ao Congresso Nacional, alegou não se lembrar se viajou no avião da empreiteira, muitos menos quantas vezes e quando usou aeronaves particulares, a partir deste requerimento, poderemos ajuda-lo nesta tarefa”, ironiza Jordy.

O parlamentar diz ainda que vê com preocupação os sucessivos casos que mostram relações pouco republicanas mantidas por alguns integrantes do alto escalão do governo federal com empresários dos mais diversos segmentos.

“Há uma certa cultura, uma frouxidão e permissividade no que se refere à separação daquilo que é do interesse público do que diz respeito somente à iniciativa privada”, acrescenta o vice-líder.

Resposta obrigatória
Pela Constituição Federal, os requerimentos de informações precisam ser respondidos em até 30 dias pela autoridade questionada. Respostas falsas ou feitas fora do prazo podem resultar em abertura de processo por crime de responsabilidade. Este tipo de proposta não precisa ser aprovada pelo plenário.

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