Pelo Delegado Sindical do Sindireceita de Vitória-ES, Bruno Zampieri:
O Sindireceita coordenou uma árdua e séria pesquisa, através de seu jornalista Rafael Godoi e do ATRFB Sérgio de Castro, Diretor da DEN, publicada em 2010, constatando “in loco” o descaso das autoridades em relação a situação precária em que se encontram as fiscalizações das fronteiras terrestres no Brasil. Todo o trabalho resultou num livro cuja denominação não poderia ser mais apropriada: “Fronteiras Abertas”.
Não fosse estranho, talvez o título do livro devesse ser “Fronteiras Escancaradas”. O trabalho foi realizado com critérios metodológicos, pesquisas e entrevistas, culminando em um texto científico, imparcial, retratando com fidedignidade a realidade dos fatos e com o único intuito de denunciar ao Brasil e ao mundo, a facilidade com que armas, drogas e mercadorias ilícitas podem adentrar ao território nacional, advindos de países vizinhos.
A entidade que representa os fiscais da Receita Federal, não sei se de posse do material produzido pelo Sindireceita, vem agora tentar capitalizar a seu favor, tardiamente, com um trabalho na mesma seara que cujas conclusões, constantes em seu "site", em muito se assemelham às conclusões do “Fronteiras Abertas”, salvo, é claro, por alguns comentários preconceituosos e desnecessários que em nada contribuem para um trabalho que se pretende científico. Não que qualquer endidade sindical não tenha o direito de produzir os seus estudos, claro que tem, mas é só para frisar que já não há mais ineditismo e que muito provavelmente as conclusões serão as mesmas, excetuando-se é claro o reforço do já conhecido "complexo de autoridade".
Na verdade, o título “Fronteiras em Foco”, não me parece apropriado, pois o principal problema é que o “foco” deles não é no intuito de revelar ao Brasil outros dados relevantes sobre o que acontece nas fronteiras brasileiras. O intuito é de fazer propaganda sindical tardia, correr atrás do prejuízo, dando a entender a sua categoria que estão também preocupados com a situação. Portanto, as fronteiras estão “Abertas”, não em “Foco”!
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